O projeto de expansão portuária, aliás, também foi alvo do discurso de Balut. “O Plano de Ampliação do Porto, nos moldes que foi concebido inicialmente pela Companhia Docas pode gerar mais de mil empregos diretos e outro tanto indiretos. Esse projeto já teve um desejável debate público no município, por conta da necessidade de incorporação da Baia do Araçá. Como houve uma troca recente no comando da CDSS, agora, é uma incógnita se o projeto será levado adiante da forma como foi concebido após mais de 30 modificações, decorrentes dos debates públicos, inclusive com os ambientalistas”, relatou o presidente da Câmara.
Durante a palestra, o presidente da Docas deixou claro que o estado, em um primeiro momento pretende viabilizar o espaço ocioso da atual área retroportuária, antes de retomar o projeto mais amplo de ampliação idealizado pelo ex-presidente da empresa Frederico Bussinger.
Balut garantiu que acompanhou todas as dicussões do projeto original de ampliação do porto e que seu custo benefício era bastante interessante. “Houve a preocupação da não agressão ao meio ambiente já deteriorado, diga-se de passagem, do Mangue do Araçá.
Outro tema abordado por Artur Balut na abertura do fórum foi o projeto da Usina de Tratamento de Lixo, que encontra-se na fase de planejamento na prefeitura municipal, para posterior entrada nos pedidos de licenciamento ambiental.
“A usina também já foi alvo de calorosos debates, porque interesses políticos contrários tentam vender a imagem de que se quer instalar um lixão na Costa Norte do município, o que definitivamente não é verdade. Pretende-se trazer para São Sebastião tecnologia já bastante avançada e levada a efeito em diversas cidades da Europa e Estados Unidos.
Além de gerar empregos, esta usina não é poluente, gera energia elétrica e créditos de carbono no mercado internacional”, destacou o presidente da Câmara.
Para Artur Balut, o projeto é de suma importância para o município porque será a solução definitiva de um dos maiores problemas que temos no Litoral Norte: a falta de espaço para destinação dos resíduos sólidos. “Como o projeto será tocado por uma PPP, já devidamente autorizada por nós, vereadores, na Câmara Municipal, o município não precisará gastar dinheiro para sua concepção”, afirmou.
O presidente da câmara encerrou sua fala enfatizando que está em fase de execução o projeto do novo Plano Diretor do Município, que ainda passará pelo crivo do Legislativo. “Já antecipo que, como presidente da Câmara, iremos ficar bastante atentos ao que for proposto nesse Plano Diretor. As questões pertinentes deste fórum, ou seja, o mercado de trabalho e o desenvolvimento sustentável estarão contempladas neste PD. Somos oriundos da iniciativa privada, enxergamos São Sebastião com imenso potencial de desenvolvimento levando em conta suas potencialidades nas áreas portuária e turística. Acreditamos que podemos ter um município com um amplo leque de oportunidades de trabalho e, ao mesmo tempo, com seu riquíssimo ecossistema preservado”, finalizou Balut.
Um comentário:
Sugiro leitura atenta da LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Política Nacional de Resíduos.
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